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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Estudo Bíblico - Os sacerdotes


Pastores, levitas, diáconos, servos de Deus... este é um breve estudo sobre nossas funções... aproveitem!!!

Os sacerdotes estavam em pé nos seus postos, como também os levitas com os instrumentos musicais do Senhor, que o rei Davi tinha feito para dar graças ao Senhor (porque a sua benignidade dura para sempre), quando Davi o louvava pelo ministério deles; e os sacerdotes tocavam trombetas diante deles; e todo o Israel estava em pé. ( II Crônicas 7.6)

Os Sacerdotes
Êxodo 28, 29; Levítico 21, 22, 8, 9, 10


1. Descrição do Sacerdócio

Considerando que Deus desejava que Israel fosse uma nação santa (Ex. 19.6), nomeou a Aarão e seus filhos para constituírem o sacerdócio. Antes do êxodo, o chefe de família, ou o primogênito desempenhava o papel de sacerdote familiar mas a complicação dos ritos do tabernáculo e a exigência de observá-los com exatidão tornaram necessária a instituição de um sacerdócio dedicado totalmente ao culto divino. A vocação sacerdotal era hereditária, de modo que os sacerdotes podiam transmitir a seus filhos as leis detalhadas relacionadas com o culto e com as numerosas regras às quais os sacerdotes viviam sujeitos a fim de manterem a pureza legal que lhes permitisse aproximar-se de Deus.

Os levitas eram os ajudantes dos sacerdotes. Por haverem sido resgatados da morte, na noite de Páscoa, os primogênitos das famílias hebraicas pertenciam a Deus, mas os levitas, por seu zelo espiritual, foram escolhidos divinamente como substitutos dos filhos mais velhos de cada família (Ex. 32.25-29; Nm. 3.5-13; 8.17-19). Os levitas assistiam os sacerdotes em seus deveres e transportavam o tabernáculo e cuidavam dele.

A. Funções dos sacerdotes

 Servir como mediadores entre o povo e Deus, interceder pelo povo e expiar o pecado mediante sacrifício, e desse modo reconciliar o povo com Deus
 Consultar a Deus para discernir a vontade divina para o povo (Nm. 27.21; Dt. 33.8)
 Ser os intérpretes e mestres da lei e ensinar o povo os estatutos do Senhor (Lv. 10.11; Ez. 44.23)
 Ministrar nas coisas sagradas do tabernáculo.

B. O Sumo Sacerdote

Era o sacerdote mais importante. Somente ele entrava uma vez por ano no Lugar Santíssimo para expiar os pecados da nação israelita. Somente ele usava o peitoral com os nomes das tribos e atuava como mediador entre toda a nação e Deus. Somente ele tinha o direito de consultar ao Senhor mediante o Urim e Tumim (Luzes e Perfeições). Embora o sacerdote em alguns aspectos prefigure o cristão, o sumo sacerdote simboliza a Jesus Cristo (I Pe. 2.5,9; Hb. 2.17; 4.14).

C. Requisitos dos sacerdotes

Capítulos 21 e 22. Adquire relevo a santidade do sacerdote ao considerar os requisitos para o ofício. Era preciso ser homem sem defeito físico (21.16-21). Devia casar-se com uma mulher de caráter exemplar. Não devia contaminar-se com costumes pagãos nem tocar coisas imundas. A santidade divina exige daqueles que se aproximam de Deus um estado habitual de pureza, incompatível com a vida comum dos homens.

D. Vestimentas dos sacerdotes

Êxodo 28. Eram feitas do melhor linho fino e eram obra primorosa para que os sacerdotes estivessem vestidos com dignidade e formosura. Todos os sacerdotes usavam uma túnica branca que lhes recordava seu dever de viverem uma vida pura e santa. Também usavam um calção, uma faixa e uma mitra de linho fino.

Além disto, o sumo sacerdote usava diversas vestimentas especiais. Sobre a túnica usava um manto azul que se estendia do pescoço até abaixo dos joelhos. As orlas do manto eram adornadas com campainhas de ouro e romãs azuis que se alternavam. Como a romã tem muitas sementes, é considerada símbolo de vida frutífera. As campainhas de ouro anunciavam os movimentos do sumo sacerdote à congregação fora do tabernáculo no Dia da Expiação. Desse modo sabiam que ele não havia morrido ao entrar no Lugar Santíssimo mas que sua mediação havia sido aceita. Alguns estudiosos da Bíblia têm visto igualmente aí uma verdade espiritual para o crente. Segundo eles, as campainhas podem representar o testemunho verbal, e as romãs, o fruto do espírito. Estes dois andam juntos e devem ser de igual importância para o crente.

O éfode era uma espécie de corselete ou corpete preso por um cinto e ombreiras. Era feito de linho nas cores ouro, azul, púrpura e escarlate. Duas pedras sardônicas (pedra preciosa variedade de ágata de cor escura alaranjada) eram postas sobre as ombreiras do éfode. Cada pedra trazia gravados seis dos nomes das tribos. Assim o sumo sacerdote representava a todo o Israel no ministério da mediação.

Sobre o éfode, na frente, colocava-se o peitoral. Era uma bolsa quadrada de aproximadamente 20 cm. Era a parte mais magnífica e mística das vestes sacerdotais. Tinha na frente doze pedras de diferentes tipos e cores; cada pedra preciosa tinha o nome de uma das tribos de Israel. De modo que o sumo sacerdote levava seus nomes ao mesmo tempo sobre os ombros, a parte do corpo que representa a força, e no peitoral “sobre o seu coração”, o órgão representativo da reflexão e do amor. Ele não somente representava a Israel diante de Deus mas também intercedia em favor de sua nação. A verdadeira intercessão brota do coração e se realiza com todo o vigor. Sobretudo, é uma imagem de nosso grande intercessor no céu, em cujas mãos estão gravados nossos nomes (Is. 49.16).

O sumo sacerdote usava dentro do peitoral o Urim e o Tumim, que significam “luzes e perfeições”. Eram duas pedrinhas, uma indicando respsta negativa e a outra resposta positiva. Não se sabe como eram usadas, mas é provável que fossem retiradas de algum lugar ou lançadas ao acaso, como vemos às vezes, ao fazer-se uma consulta propondo uma alternativa: Farei isto ou aquilo? E, segundo saísse Urim ou Tumim, interpretava-se a resposta (I Sm. 14.36-42; II Sm. 5.19).

No turbante (mitra) sdo sumo sacerdote estava colocada uma lâmina de ouro puro com as palavras “Santidade ao Senhor” gravadas sobre ela. Proclamava que a santidade é a essência da natureza de Deus e indispensável a todo o verdadeiro culto prestado a Ele. O sumo sacerdote era a personificação de Israel e sempre era seu dever trazer à memória de seu povo a santidade de Deus. As vestimentas manifestavam a dignidade da mediação sacerdotal bem como a formosura do culto mediante a harmonização das magníficas vestes com as cores do santuário.

E. O sustento dos sacerdotes

Capítulo 18.8-32. Os sacerdotes receberam receberam doze das qurenta e oito cidades que foram dadas aos levitas. Nem os levitas nem os sacerdotes receberam terra quando Josué repartiu Canaã porque o Senhor havia de ser sua parte e herança (18.20). Os levitas que cuidavam do tabernáculo e o transportavam recebiam o dízimo das outras tribos. Por sua vez, davam dizímos aos sacerdotes (18.28). Além disso, os sacedotes recebiam a carne de determinados sacrifícios, as primícias, parte consagrada dos votos e os primogênitos dos animais. Assim se mantinham bem, mas ao mesmo tempo não com tanta abundância como os sacerdotes de algumas nações pagãs. Ilustra-se o princípio expresso pelo Apóstolo: ”não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? ... Assim ordenou também o Senhor aso que anunciam o Evangelho, que vivam do Evangelho” (I Co. 9.13, 14). E o ministro deve Ter a atitude do salmista: “ O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte. As linhas caem-me em lugares deliciosos” (Sl. 16.5,6).

2. Consagração dos sacerdotes (Êx. 29.1-37; Lv. 8 e 9)

A cerimônia em que se consagravam o s sacerdotes era celebrada na presença de todo o povo. Moisés ministrava como sacerdote oficiante. Todos os pormenores da cerimônia assinalavam a transcendência de Deus. Ele está com seu povo, porém este não deve tratá-lo com familiaridade. Somente podem aproximar-se dele pelos meios que Ele prescreve. O pecado impede aos homens o aproximar-se da presença divina. Os sacerdotes e tudo o que eles empregavam tinham de ser consagrados ao serviço divino. Portanto, Aarão e seus filhos tinham de estar devidamente limpos e ataviados e deviam Ter expiado seus pecados antes de assumirem os deveres sacerdotais. O Deus vivente não é uma imagem impotente à qual os homens prestam culto segundo suas idéias. Somente Ele é quem determina os “requisitos segundo os quais lhe é possível habitar com seu povo”.

A. Lavagem

Foram submetidos a um banho completo que simbolizava a purificação interna sem a qual ninguém poderá aproximar-se de Deus nem servir nas coisas sagradas.

B. Entrega das vestes sagradas

Primeiro Aarão, o sumo sacerdote, foi ataviado com as vestes santas. A magnificência dessas vestes indicava a dignidade do ofício de sumo sacerdote. As vestimentas deviam inspirar respeito aos ministros da religião. Os filhos de Aarão, os sacerdotes comuns, foram vestidos com vestes brancas que representavam a “justiça dos santos” (Ap. 19.8).

C. A unção de Aarão e de seus filhos

Primeiro se derramou azeite sobre a cabeça de Aarão. Isto simbolizava a unção do Espírito Santo. Os dons e a influência divina são indispensáveis ao exercício do ministério. No Salmo 133.2 indica-se a abundância do óleo xcom o qual foi ungido Aarão simbolizando a unção do Messias (o Ungido) que recebeu o espírito sem medida (Sl. 45.6; Jo 3.34).

Assim como o azeite da santa unção era um unguento superior, aromático e precioso, a unção do Espírito Santo produz uma fragância espiritual e um efeito incomparável. Não se devia derramar a unção sobre a “ carne do homem”, isto é, sobre o que não é sacrificado; desta maneira não se dá o Espírito ao mundo (Jo. 14.17). E como não se havia de compor unguento semelhante e colocá-lo sobre um estranho (“uso profano”), assim não se deve imitar a unção do Espírito nem procurar usá-la para fins não espirituais (Ex. 30.22-33).

Moisés espargia a santa unção sobre os filhos de Aarão. Assim a presença e poder do Espírito são para o “sacerdócio real” dos crentes a fim de que ministrem com eficácia e bênção.

D. Os sacrifícios de consagração

As ofertas foram de quase todas a s classes nomeadas por Deus.

 oferta pelo pecado, o novilho da expiação, deu aos sacerdotes uma “expressão oportuna de seu sentido de indignidade, uma confissão pública e solene de seus pecados pessoais e a transferência de sua culpaà vítima típica”.
 O carneiro do holocausto servia para mostrar que os sacerdotes se consagravam inteiramente ao serviço do Senhor.
 A oferta de paz, o carneiro das consagrações, dava a entender a gratidão que os sacerdotes sentiam ao entrar no serviço de Deus.

Aarão e seus filhos punham as mãos sobre os animais oferecidos em sacrifício, mostrando assim que eles se ofereciam a Deus.

O sangue do carneiro da consagração era posto sobre a ponta da orelha direita de Aarão, sobre o polegar de sua mão direita e sobre o dedo polegar de seu pé direito. Assim seu ouvido devia estar atento à voz do Senhor, sua mão pronta para fazer o trabalho divino e seus pés prontos para correr no serviço do Rei celestial.

• Orelha – mente
• Mão – obras
• Pé – caminhos

Isto é, todo o seu ser devia estar “sob o sangue” e consagrado a obra de Deus. Finalmente, Moisés ofereceu oblações indicando a consagração dos frutos de seus trabalhos.

O sangue dos sacrifícios foi espargido também sobre os móveis do tabernáculo a fim de santificá-los para o uso sagrado.

E. A Festa do Sacrifício

Esta encerrou a cerimônia. Ela enfeixava três significados: que os sacerdotes haviam entrado em uma relação muito íntima com Deus, que a força para cumprir os seus deveres de seu ofício lhes era dada por Aquele a quem serviam, pois comiam de seu altar, e que a festa era uma ação de graças por havê-los colocado em seu serviço, tão santo e exaltado.

A impressionante cerimônia de consagração dos sacerdotes durou sete dias. Durante esse período observaram-se cada dia os mesmos ritos observados no primeiro dia. Desta forma toda a congregação podia compreender quão santo é Deus e que foi Ele próprio quem instituiu a ordem sacerdotal.


3. Irreverência dos sacerdotes

A. O pecado de Nadabe e Abiú


De que natureza foi o pecado destes dois filhos de Aarão? Parece que acenderam seus incensários não com o fogo do altar de holocaustos mas com fogo comum. Deveriam Ter tomado fogo do altar, pois este foi enviado por Deus (16.12; Nm 16.46). Possivelmente haveria inveja e rivalidade entre eles porque ambos os jovens ofereceram incenso simultaneamente. O sumo sacerdote ou um sacerdote comum poderia oferecê-lo, mas parece que não se permitiam que dois oficiassem juntos (Lc. 1.9). Demonstraram descuido das indicações concernentes ao culto e além disso a irreverência e presunção ao fazer o que bem lhes parecia.

Prestaram culto a Deus de uma forma não autorizada por Ele. Esqueceram-se de que a glória e a bênção de Deus desciam sobre o tabernáculo mediante a condição em parte de uma cuidadosa atenção prestada às instituições divinas no tocante à sua construção. Além disso, parece que haviam tomado vinho antes de ministrar, e assim perderam sua capacidade de discernir entre o santo e o profano (8-11). Daí em diante os sacerdotes não tiveram permissão para tomar vinho antes de ministrar as coisas sagradas.

B. A severidade do castigo

Foi o castigo demasiado severo? Os sacerdotes acabavam de ser investidos da autoridade sacerdotal e de presenciar a glória de Deus. Se descuidaram as instruções de Deus no princípio, que fariam no fututo? Sendo sacerdotes, deveriam Ter sido mais responsáveis. Seu ato envolveu toda uma nação, pois eram os seus representantes. Finalmente, a nação era muito jovem e acabava de ser inaugurada a dispensação do antigo concerto. Israel precisava aprender que Deus é santo e que o homem não pode fazer a sua própria vontade e continuar agradar-lhe. A igreja primitiva teve de aprender a mesma lição no caso de Ananias e Safira.

C. Lições Práticas

 Aos ministros se ensina que devem Ter reverência, respeito e cuidado ao cumprir as instruções e os requisitos divinos. Nem todo o ofício divino em si, nem o êxito ministerial são escusa para descuidar das coisas espirituais.
 Fica ilustrada a relação entre o privilégio e responsabilidade: “A qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá” (Lc. 12.48).
 Ensina-se quão grave é, a vista de Deus, substituir coisas sagradas pelas carnais. Ao longo da história da igreja os homens têm substituído o evangelho simples com a tradição, o culto de coração com ritos, a revelação com o racionalismo, o evangelho de salvação com o evangelho de boas obras e o fogo do espírito Santo com o fogo da paixão religiosa.
 O posto sagrado está acima das relações humanas mais íntimas. Aarão tinha de deixar todo sinal de luto para demonstrar sua lealdade a Deus.
 Nenhuma pessoa é indispensável. A metade dos sacerdotes daquele tempo foi tirada, mas o culto do tabernáculo continuava

Notas:
 Moisés, Aarão e família descendem de Levi (Ex. 2.1-2)
 Aarão tinha 4 filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar ( I Cr. 24.1-2)

Bibliografia
 O Pentateuco – Paul Hoff. Editora Vida
 A História de Israel no Antigo Testamento – Samuel J. Schultz. Edições Vida Nova
 A Casa de Ouro – Jan Rouw e Paul F. Kiene. Depósito de Literatura Cristã
 Bíblia Vida Nova.
 Pequena Enciclopédia Bíblica – O. S. Boyer. Editora Vida

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